sexta-feira, 20 de novembro de 2015

A arte de ser exagerada!







Outro dia, escutei de uma amiga a seguinte afirmação: “Costumo comer apenas um quadradinho de chocolate por dia” e isso me remeteu a seguinte indagação: “Será que sou exagerada?”
Infelizmente me dei conta que não domino essa arte da ponderação. Queria eu, entender que o pote de goiabada não vai sair correndo e que eu posso sim, comer um pouquinho por dia, entretanto nada é mais legal do que você assistir a um seriado com a bela companhia de um pote de doce e degustá-lo a cada diálogo. Queria eu, não escutar a mesma música todos os dias até enjoar e quando a mesma já não me agradar mais, procurar por outra e repetir o mesmo processo, mas o que fazer quando você acredita fielmente que a sua vida é um programa de TV, no qual cada capítulo tem sua melodia?!Queria eu, não ficar encantada com as promessas dos benefícios de um alimento e não ingeri-lo igual a uma louca,me justificando que o tal alimento me fará bem mesmo em excesso. Sinceramente, não recordo o dia em que utilizei a expressão meio-termo, para justificar alguma atitude minha. Realmente sou da turma do tudo ou nada e oito ou oitenta.Definitivamente não gosto de corda bamba. Se for pra sorrir, que seja uma gargalhada, um sorrisinho no canto da boca com uma sorrateira levantada de sobrancelha não faz meu tipo. De fato: Sou exagerada! Não entendo por qual motivo insistimos em falar: “Como eu te adoro”, se no seu íntimo a vontade de falar: “Eu te amo” é o que prevalece? Ok! Já me dei conta que muitas vezes o ato de não ser equilibrada me trouxe algumas consequências. Será que todos os librianos contraditoriamente são assim? Engordei mas do que deveria, ganhei a antipatia de algumas pessoas “equilibradas”, todavia também ganhei companheiros que concordam comigo no ato de "mergulhar" a fundo em atitudes e não ter que precisar "molhar os pés antes de entrar no mar". Não gosto de fatos pelo meio: De meio abraço, de meia conversa, de meio pão, de meias verdades... O bom mesmo é atitudes inteiras. Aspiro gente de alma leve, gosto da ideia de ser você mesma, de não limitar-se, com receios de rótulos dessa sociedade que troca o avatar do Facebook, mas não luta verdadeiramente pelo o que acredita, que publica um link de solidariedade, mas esquece de exercer nos mínimos atos do cotidiano.
Acredite, mais vale  uma "colher" cheia de verdades e sentimentos do que meia xícara de vida sem exageros saudáveis.

 

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