Quero um amor tranquilo, desses que são tão simples
que não necessita explicação.
Que me pegue no meio do dia com pensamentos, que me
remeta ao cheiro da blusa amarrotada, ao perfume exalado pela casa, a voz baixinha
que ecoa nos ouvidos pelo decorrer do dia.
A tranquilidade transmitida no olhar, o abraço que
transporta para qualquer lugar...
Falando em abraços.... Talvez esse seja o pedido de
maior dose. Quero o abraço descontrolado da amiga, quero o abraço de infinito
amor da minha família, quero o abraço no final do jogo de futebol, quero o
abraço tímido de réveillon.... Quero abraços demorados e verdadeiros!!!
Quero fazer planos, mas despretensiosamente quero
comer pipoca assistindo um filme de ação, quero parar de conjugar os verbos no
pretérito perfeito, quero fazer uma nova lista de coisas bem legais que
poderiam acontecer no novo ano que está para chegar, mesmo tendo fidúcia que
maior parte dos itens contidos na minha lista “encantada” é reflexo de uma
mulher de quase trinta anos, que não superou as expectativas dos filmes da
sessão da tarde, transmitidos no alto dos meus quinze e amados aninhos. Afinal
de contas, tudo parece possível quando ainda possuímos um pouco mais de uma
década de vida.
A leveza que almejamos, de fato, só depende de cada
um de nós! A felicidade de hoje é o conjunto de escolhas tomadas a bem pouco
tempo atrás. O que não vale a pena é não se perdoar. Todo mundo erra (clichê,
porém verdade absoluta): O corte do cabelo, a cor do batom em um batizado pela manhã,
falamos coisas sem pensar, não valorizamos e vez por outra também esquecemos de
nos valorizar, tomamos decisões equivocadas e trocamos facilmente uma travessa
de salada de frutas em uma panela de brigadeiro. Errado mesmo é não saber
perdoar-se e perdoar. Esses tais percursos “tortos” é que formam a estrada para
sermos o que somos hoje! Aprender com o passado é essencial, contudo a vontade
de viver um dia de cada vez e do nosso jeitinho, deve ser a sensação que carece
de invadir a nossa alma todo dia pela manhã. Não precisa de apetrechos,
obrigatoriamente tem que ser leve, como a vida deve ser.
Jogo cansa! Não gosto da ideia chata de ter que
criar estratégias para “vencer”...Gosto de aconchego, gosto de tato, gosto de
cheiro... Devemos nos permitir amar as coisas simples, de ser nós mesmos e não
precisar exclamar ao mundo quem verdadeiramente somos, todavia, apenas ser e
ter certeza que quem “veste a camisa do nosso time” sabe disso com todas as
possibilidades gramaticais possíveis!!!
Talita Fernandes.
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