quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Queria fazer um pedido:Uma vida leve,por favor!




Quero um amor tranquilo, desses que são tão simples que não necessita explicação.
Que me pegue no meio do dia com pensamentos, que me remeta ao cheiro da blusa amarrotada, ao perfume exalado pela casa, a voz baixinha que ecoa nos ouvidos pelo decorrer do dia.
A tranquilidade transmitida no olhar, o abraço que transporta para qualquer lugar...
Falando em abraços.... Talvez esse seja o pedido de maior dose. Quero o abraço descontrolado da amiga, quero o abraço de infinito amor da minha família, quero o abraço no final do jogo de futebol, quero o abraço tímido de réveillon.... Quero abraços demorados e verdadeiros!!!
Quero fazer planos, mas despretensiosamente quero comer pipoca assistindo um filme de ação, quero parar de conjugar os verbos no pretérito perfeito, quero fazer uma nova lista de coisas bem legais que poderiam acontecer no novo ano que está para chegar, mesmo tendo fidúcia que maior parte dos itens contidos na minha lista “encantada” é reflexo de uma mulher de quase trinta anos, que não superou as expectativas dos filmes da sessão da tarde, transmitidos no alto dos meus quinze e amados aninhos. Afinal de contas, tudo parece possível quando ainda possuímos um pouco mais de uma década de vida.
A leveza que almejamos, de fato, só depende de cada um de nós! A felicidade de hoje é o conjunto de escolhas tomadas a bem pouco tempo atrás. O que não vale a pena é não se perdoar. Todo mundo erra (clichê, porém verdade absoluta): O corte do cabelo, a cor do batom em um batizado pela manhã, falamos coisas sem pensar, não valorizamos e vez por outra também esquecemos de nos valorizar, tomamos decisões equivocadas e trocamos facilmente uma travessa de salada de frutas em uma panela de brigadeiro. Errado mesmo é não saber perdoar-se e perdoar. Esses tais percursos “tortos” é que formam a estrada para sermos o que somos hoje! Aprender com o passado é essencial, contudo a vontade de viver um dia de cada vez e do nosso jeitinho, deve ser a sensação que carece de invadir a nossa alma todo dia pela manhã. Não precisa de apetrechos, obrigatoriamente tem que ser leve, como a vida deve ser.
Jogo cansa! Não gosto da ideia chata de ter que criar estratégias para “vencer”...Gosto de aconchego, gosto de tato, gosto de cheiro... Devemos nos permitir amar as coisas simples, de ser nós mesmos e não precisar exclamar ao mundo quem verdadeiramente somos, todavia, apenas ser e ter certeza que quem “veste a camisa do nosso time” sabe disso com todas as possibilidades gramaticais possíveis!!!


Talita Fernandes.

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