segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Uma oração chamada amor






Amar é querer parar de caminhar sozinho e ter certeza que melhor mesmo é quando dois escolhem o mesmo caminho
É estado de graça e de dor
É ter certeza que para essa “doença” não existe doutor

É cheiro, pé entrelaçado, saudade inacabada
É amar e ser amada

É não medir palavras e nem desviar o olhar na sacada
É assistir filme de terror, quando o que mais se quer é ver seriado de amor

Amor não tem explicação exata e nem sensata
É não ter medida e nem porção para nada

Carlos Drummond o desenhou nas entrelinhas de seus versos apaixonados
Qual menina não sonha com seu príncipe encantado?

Ahhhhh o amor, que bom seria se com você não viessem também os “chororôs”

O mal hálito quando acordou, a meia suja no corredor e decorações masculinas em baixo do aparelho televisor

Coitado daquele que não tem ninguém para chamar de meu amor

E cheirar o cangote no frio e no calor

Ter certeza quem em casa, alguém você deixou
Que te escuta em meio a TPM e mal humor

Camarada, que se gaba de nunca ter amado
Não viveu intensamente,dessa vida, nem um bocado

Bom mesmo é ter alguém para chamar de meu bem

Entre cem saber que seu coração só pertence a esse alguém

Amor é sempre está disposto a utilizar o verbo: reciclar
Nunca o verbo: descartar



Talita Fernandes

Nenhum comentário: