Sabe aqueles dias que os problemas se dissolvem como balas,
tudo que te descontenta não tem “vez” no seu dia? Então, escolhi ser assim por
tempo indeterminado. Alguns dias, consigo com exatidão transformar aquele
espacinho dentro de mim que fala: “Mas se” em euforia, em versos na minha
poesia diletante. Em outros dias o “E se.” acaba me vencendo e eu viro aquelas
pessoas importunas, que encontramos em nossos dias. Porque convenhamos, como é maçante
você ser ouvinte, de alguém que passa o tempo a reclamar de coisas que você
talvez não seja a chave, para abrir o “baú de soluções”. O bom mesmo é ter alguém
leve perto da gente...Gente do riso frouxo, gente que ignora o fato de ser tedioso
pegar ônibus lotado na segunda-feira pela manhã, que te apresenta um livro novo
de um autor magnífico, um filme que não está em cartaz, que te mostra que o
sábio, na maioria das vezes, não precisou ter doutorado, que não tem coisa mais
aprazível do que final de tarde no interior. Problemas é algo universal, pode
ter fidúcia, todo mundo tem! Eu, você, o vizinho do lado, o protagonista da novela,
contudo encará-los com maestria e não precisar de marketing para transformá-los
em espetáculo em sua página da rede social, alguns conseguem de forma mais edificante.
Outro dia, observando um grupo de pessoas, verifiquei que todas riam por
motivos quaisquer e de fato percebi que não existe coisa mais sensacional do
que rir e está cercada de pessoas que compartilham do mesmo senso de humor que você.
Nossa mente, guarda por horas aquilo que projetamos em pensamentos sorrateiros
no decorrer do nosso dia e felizmente tenho total convicção que não quero andar
por aí compartilhando as minhas lutas diárias para as pessoas. Guardo a sete chaves,
porque nem eu quero lembrar, desses chefões e das princesas que tenho que
salvar no final da fase. Quero juntar-me sempre a essa turma do abraço apertado,
da piada sem graça, da calçada lotada, do leite morno com uma pitada de canela,
da praia e da serra, daqueles que vibram por sua vitória, do código denunciado
no olhar, da visão otimista, da ajuda ao próximo, de gente de atitude, porque
quem tem atitude muda o que tanto incomoda, não perde um tempinho sequer
acreditando que na sua vida você é sempre a vítima e todo mundo é a “Nazaré
Tedesco”.
Talita Fernandes
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