quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A Terra Mágica


Fonte da Imagem: Tumblr



Em um lugarzinho no meio do nada encontrei algo que me assustou

Naquele lugarzinho tudo era tão simples e nada ninguém me negou

Lá não tinha carro,bicicleta e muito menos chocolate

Lá não vi nenhum tipo de maldade

Tudo era motivo pra sorrir

E eu ali meio sem jeito logo comecei a felicidade sentir

Naquele lugarzinho só era permitido dizer a verdade

E no mesmo lugar só se falava em igualdade

Lá eu não senti medo dos homens malvados da terra

Logo me perguntei: Será que começou uma nova era?

Tudo tinha sabor ,tudo era com amor

Naquele lugar bem distante a poesia,a música estava presente a todo momento

Não se ouvia falar em preconceito,em mentira e muito menos em tormento

Eu queria ficar naquele lugar

Naquele lugarzinho que me fazia flutuar

Preocupação era algo que não se ouvia falar

E eu queria sair correndo pra todos eu contar que encontrei aquele lugar

As crianças rodopiavam

Lá o respeito entre os homens imperava

Naquele lugarzinho a paz eu sentia

Será que é difícil que a terra seja igual um dia?

Naquele lugarzinho distante eu ainda não poderia ficar

Pois o coração puro era o ingresso para se entrar

Nada de inveja,ciúmes ou qualquer tipo de sentimento ruim

Quis logo me trabalhar para esses sentimentos logo eu retirar

Para naquela terra mágica eu logo voltar.


Talita Fernandes.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Tempo


Fonte da imagem: Internet
 Precisamos dele a toda conjuntura. Com ele vem amor, paz, tranquilidade e com o mesmo também vem e vão coisas ruins. Contamos com ele pra tudo, mesmo não sabendo quando ele irá acabar. Quando magoados, o usamos como resposta e quando a felicidade se mostra presente reclamamos pelo o dito cujo ser insuficiente. Ele é lento aos olhos daqueles que não veem muito contentamento em explorá-lo e demasiadamente rápido para aqueles que querem aproveitá-lo ao culminante. Que bom seria se pudéssemos ter um botão de “pausa” para aproveitar com mais intensidade e implicar mais valor aos momentos simples. Lembro-me da minha infância rodeada de cores, cheiros e peripécias. As preocupações se limitavam em saber qual seria a brincadeira da noite e em  um plano infalível  para que as minhas vizinhas não cortassem as nossas bolas de futebol... Nossa! Como faz falta sentar na beira da calçada para conversar horas e horas sem se preocupar com responsabilidades de “gente grande”, como eu tenho saudade da minha maravilhosa época de “café com leite” no qual, na época, eu relutava para deixar de ser. Saudosamente guardo em minha mais intimas lembranças o cheiro do café da minha amada mãe que era uma espécie de despertador para me lembrar que em meus poucos anos de idade também teria responsabilidades a serem cumpridas. Que saudade de ser líder de sala, de sentir frio na barriga por saber que a reunião de pais e mestres estava se aproximando, que saudade da época que eu derramava uma lata de leite condensado na boca e simplesmente não engordava...Saudades das férias na casa de praia e dos amores platônicos. Saudades dos sermões dos meus pais que foram um ingrediente necessário para que eu aprendesse que para ser uma pessoa do bem eu precisaria aprender o que é ser honesto humilde e ter caráter. Saudades dos almoços da minha avô que era regada a muita galinha caipira e amor...Saudades!!!

Senhor tempo, como eu queria segurá-lo em minha mão e te dizer a hora certa de parar...Por isso, como ainda não descobri essa fórmula secreta, vou aproveitando ele ao lado daqueles que me fazem feliz e me fazem sentir a sensação que o mesmo, passa célere.

Talita Fernandes.